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Glotofobia

  • Lorena Zara
  • 24 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de fev. de 2021

Racismo pelo sotaque?

 

Linguagem é o que usamos para nós comunicar com o resto do mundo e, assim como quase tudo, acaba se tornando um objeto de discriminação muito poderoso, por sinal. Falando de preconceito, um não é menos pior que o outro, ou seja, rejeitar alguém pelo seu sotaque ou o seu vocabulário, tem a mesma intensidade de quando alguém é rejeitado pela sua cor, religião ou orientação sexual. Porém, as discriminações linguísticas dificilmente são pauta para as pessoas. No Brasil, esse preconceito é muito acentuado e, para explicar isso nos podemos voltar para os maus tempos da Alemanha nazista que falava da tal “raça ariana", ou seja, as pessoas consideram o seu jeito de falar superior. Isso é a glotofobia.

O parâmetro desse julgamento é a norma culta: quanto mais distante dela, mais criticado é o falante. O nosso jeito de se expressar, nossa linguagem, é de extrema importância para a individualidade de cada um. Ela diz a nossa diferença. O ato de simplesmente falar pode se transformar numa forma de denúncia, de não pertença ao “grupo dominante”.

Em regiões de grande densidade populacional, como o sudeste e o sul, é comum a monopolização de culturas e por isso as pessoas que vivem nesse meio sem grande individualidade de linguagem acabam praticando a glotofobia em regiões mais “pobres" e subúrbios como o Nordeste e o norte.

Mas pensando em “círculos menores", ou seja, pensando agora em classes sociais e não mais em regiões, a elite econômica pratica a glotofobia com as classes mais pobres que tem menos oportunidades de aprendizado e consequentemente um vocabulário mais ralo

Um ato desses não pode continuar rodando pelo nosso brasil. Algo tão desprezível tal qual as várias vertentes de preconceito. Segundo o professor, linguista é filósofo Marcos Bagno, e eu faço das palavras dele as minhas, a forma mais eficiente até hoje para a extinção desse preconceito é a adequação linguística, que é basicamente um princípio de que não há “certo” ou “errado". A variação na fala vai ser dada de acordo com o contexto em que se fala.

Não se deve esquecer que o sotaque não é algo pelo qual se deve ter vergonha, pois ele diz muito sobra cada um, mostra as individualidades. Temos mais é que ter orgulho. linguagem é o que usamos para nós comunicar com o resto do mundo e, assim como quase tudo, acaba se tornando um objeto de discriminação muito poderoso, por sinal. Falando de preconceito, um não é menos pior que o outro, ou seja, rejeitar alguém pelo seu sotaque ou o seu vocabulário, tem a mesma intensidade de quando alguém é rejeitado pela sua cor, religião ou orientação sexual. Porém, as discriminações linguísticas dificilmente são pauta para as pessoas. No Brasil, esse preconceito é muito acentuado e, para explicar isso nos podemos voltar para os maus tempos da Alemanha nazista que falava da tal “raça ariana", ou seja, as pessoas consideram o seu jeito de falar superior. Isso é a glotofobia.

O parâmetro desse julgamento é a norma culta: quanto mais distante dela, mais criticado é o falante. O nosso jeito de se expressar, nossa linguagem, é de extrema importância para a individualidade de cada um. Ela diz a nossa diferença. O ato de simplesmente falar pode se transformar numa forma de denúncia, de não pertença ao “grupo dominante”.

Em regiões de grande densidade populacional, como o sudeste e o sul, é comum a monopolização de culturas e por isso as pessoas que vivem nesse meio sem grande individualidade de linguagem acabam praticando a glotofobia em regiões mais “pobres" e subúrbios como o Nordeste e o norte.

Mas pensando em “círculos menores", ou seja, pensando agora em classes sociais e não mais em regiões, a elite econômica pratica a glotofobia com as classes mais pobres que tem menos oportunidades de aprendizado e consequentemente um vocabulário mais ralo

Um ato desses não pode continuar rodando pelo nosso brasil. Algo tão desprezível tal qual as várias vertentes de preconceito. Segundo o professor, linguista é filósofo Marcos Bagno, e eu faço das palavras dele as minhas, a forma mais eficiente até hoje para a extinção desse preconceito é a adequação linguística, que é basicamente um princípio de que não há “certo” ou “errado". A variação na fala vai ser dada de acordo com o contexto em que se fala.

Não se deve esquecer que o sotaque não é algo pelo qual se deve ter vergonha, pois ele diz muito sobra cada um, mostra as individualidades. Temos mais é que ter orgulho.


Por: Lorena Zara, 2ºA

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